terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ama a vida e segue.

Eu sei, você tá curioso pra saber tudo.

Vou detalhar, vou contar direitinho, e não me pergunte nada muito além disso.
Ou pergunte. Se o fizer, eu responderei.

Há cerca de um ano (na verdade, hoje, exatados onze meses) conheci uma pessoa. E essa pessoa se tornou a mais importante da minha vida. O amor real. A paixão verdadeira, consumada, aproveitada de verdade. Depois de um tempo, passou a ser discordância, discussão. E aí se tornou desconfiança. E entre momentos de amor eterno, paixão enlouquecida, desconfiança. Até que um dia, provou-se, haviam motivos. Até que um dia deixei de abaixar a cabeça e aceitar, e dizer toda a verdade. Até que um dia me permiti lutar por minha dignidade, por mais que perdesse o verdadeiro amor da minha vida.

Sofri demais. Fiz e pensei coisas que não se deve nem imaginar. Chorei, ri, corri, sumi. Mas, além de tudo, aprendi. De verdade, aprendi... Vi que o que eu quero pra mim não é mais um amor louco e paixão ardente. Quero um amor calmo, proveitoso... Quero que as coisas andem devagar, mas que sejam reais. Que calma, quero paz.

Tempos depois essa pessoa voltou à minha vida. Voltou devegar, calmo. Pediu amizade, quis provar que mudou. Dei-lhe chance, permiti. E na verdade, até acreditei que sim, as coisas haviam mudado pra valer.

Até aí, eu estava vivendo. Mudança de trabalho, comecei a faculdade, conheci uma infinidade de pessoas novas, de todos os tipos e cores. Estava realmente feliz, e não permitia que nada me abalasse. Me apaixonei repentinamente por outra pessoa; tentei negar e dizer que não... mas sim, eu estou apaixonada. Tenho pressa, desejo me consome, mas o que eu quero, agora é diferente, tem que ser real e desde então eu deixo que as coisas andem como devem ser. Calmas, tranquilas.

Enquanto isso, do outro lado, o amor da minha vida foi retomando seu espaço, conquistando confiança, provando que as coisas, agora, eram diferente. Foi divertindo, fazendo diferença dia-dia. Porque não acreditar? E, querendo ou não, ele foi (é?) o amor da minha vida.. isso tem um peso grande a essas horas, não?

Entrei em conflito, mas estava passando muito bem por isso. O que tinha que ser, já foi... o que há de ser, será. Simples assim, segui. Com o tempo, acreditei que essa nova paixão talvez fosse fogo de palha, que era besteira, pra que continuar nisso, tão pouco tempo, convivência mínima... Inclusive, porque, não há reciprocidade alguma, há? Bem, eu tenho certeza que sempre deixei tudo muito claro da minha parte, pra todos ee, se você tinha alguma dúvida até então, a partir de agora, por favor, tenha certeza. E se acreditar, como eu, que isso pode um dia (eu já disse, não tenho pressa) vir a dar certo, demonstre, somente para que eu não perca o encanto, certo? Bem perder o encanto, isso quase aconteceu... num desses dias em que dormimos acordados e pensamos o tempo todo, sem prestar atenção em nada, concluí que essa nova paixão não viraria. Que talvez o velho amor que permanecia aqui, há tanto, se mantivesse intacto e pudesse ser prolongado lado-lado. Por que não?

Dei-lhe mais uma chance. Não expus meu lado. Não dei opniões e nunca demonstrei sentimento (de novo). Ele insistiu. Ele continuou. De alguma forma, ele me conquistou mais uma vez. E eu estava caindo, novamente, em suas armadilhas. Eu estava novamente caindo em tentação, fazendo planos, imaginando... E era engraçado, porque durante o dia (em que eu mantinha contato todo o tempo com este) eu só pensava nele, mas, sempre que ficava sozinha, lembrava do sorriso e do perfil da nova paixão. Em alguns momentos eu me odiava por isso, e em seguida me convencia de que o novo amor era ilusão, e de que talvez o 'verdadeiro amor' fosse o único.

Continuei assim até que, um dia alguém me alertou. Um anjo na minha vida me fez abrir os olhos, me deu um "pedala" na nuca e me fez acordar. Me mostrou detalhadamente o buraco em que eu estava me jogando. Novamente. Isso foi hoje. Isso foi há pouco.
Fiquei muito mal todo o dia. De repente, parecia que não só meu coração se enganou com meu grande amor, mas a minha razão, em ainda acreditar nisso. E, ainda mais, parecia que eu havia "perdido tudo", já que não acreditava nem mesmo mais em chances com a nova paixão. Mas não, de alguma forma, a nova paixão me ajudou a esquecer isso, pelo menos por alguns minutos me distraiu.

Enfim. Agora, depois de tudo, estou aqui sozinha, lendo um "Vai te benze" de uma colega. Ouvindo Os Paralamas do Sucesso (que tanto me acalma). Ouvindo minha mãe gritar pra que eu vá dormir. Tendo somente uma certeza... Vou continuar seguindo o meu caminho.
Sei que, um dia, uma hora, tudo vai se encaixar e (deixa) ser como será, tudo posto em seu lugar. Um dia, chegamos lá.


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O título deste, uma expressão de um cantor.
Aqui, trecho de uma música que eu havia postado há cerca de um ano em meu fotolog.
Abaixo, a última música que ouvi enquanto terminava o texto.

E se quiserem a música deste momento, dedico seu refrão à nova paixão... "Sempre te quis". Paralamas.


E isso tudo, de alguma forma, se encaixa perfeitamente.
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Quero, quero ser chamada de querida
Quero, quero esquecer o dissabor
Sonho, sonho com as venturas desta vida
Sonho, sonho com as delícias do amor

Falam que eu sou bela Patrícia
Sempre a despertar loucas paixões
Dizem que meus olhos quando olham têm também malícia
Que com meu sorriso provocante eu conquisto os corações

Mas bem sei que sou triste Patrícia
Com a alma cheia de amargor
Pois ainda estou a esperar de alguém, sincero amor

Caetano.




2 comentários:

  1. Pôxa vida!!

    To boquiaberto! Como alguém pode não querer ou, querer e tratar mal alguém assim, tão doce.

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  2. Na verdade, eu não estava curioso, mas gostei do que li!

    "Tendo somente uma certeza... Vou continuar seguindo o meu caminho.
    Sei que, um dia, uma hora, tudo vai se encaixar e (deixa) ser como será, tudo posto em seu lugar. Um dia, chegamos lá."

    Gosto de pessoas que pensam assim.

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