terça-feira, 17 de novembro de 2009

Seu nome é amor.




Parecia um remédio mágico. Uma dose e seus problemas desapareceriam.

Ela se sentiria mais feliz, e não teria mais motivos pra chorar.

Por que não tentar?

Um comprimido,um gole d’água pra ajudar. E dali quinze minutos enorme euforia. Já está fazendo efeitos. Vamos beber. Vamos comemorar. Mais quinze minutos e já não podia entender. Eram tantas formas e cores. Eram sons. Eram movimentos... Era o que nunca foi. E de repente, raiva. Ria, ria, ria. Então sentia que podia matar alguém sem se preocupar. E aí sentia frio, e suava. Logo apareciam pessoas, personagens, animais. Todos pareciam conversar, querer ajudar ou apenas participar. E ai tinha medo, desespero. Corria, corria,mas parecia nunca sair dali, do mesmo lugar. E haviam obstáculos diversos no caminho, a medida que a luz diminuía o som aumentava, e já não se sabia mais por onde ir. Havia dezenas de pessoas atrás, todas tinham caras tão meigas, e pareciam querer ajudar, mas tinha medo e não queria simplesmente olhar em seus olhos. E aí, quando percebeu, estava correndo só. Não havia ninguém ali, e o som havia acabado. O festival de cores e formas desaparecera, agora era tudo breu. E sentiu-se só. Sentiu mais frio, só queria poder encontrar algo, ou alguém, que lhe tirasse dali.

Foi quando lhe sugeriram... um remédio mágico. Uma dose e seus problemas desapareceriam.

Por que não tentar mais uma vez?

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