Estava pensando, um dia eu disse que esse blog serve para meus descarregos emocionais, mas nem sempre é exatamente assim (eu acho). Disse, também, que quando minha vida está boa eu não tenho vontade/temo/motivo pra escrever... Mas minha vida não andou assim tão boa desde meu último post. E claro, não querendo me gabar dessas coisas pra parecer mais madura ou sei-lá-o-quê, mas já passei por tanta coisa e tive tanto motivo que agora, apesar de tudo, não posso reclamar.
Tenho o emprego que quero ter neste momento, e apesar de uma pequena dívida (pequena meeesmo) recebo bem por isso. Estou na faculdade em que quero, com nome, e indo melhor que fui no último semestre. Não estou perdidamente apaixonada por ninguém (quem me conhece sacomé), mas quando, e se quero, sexo não falta. Mantenho meus amigos de sempre e até ganhei uns a mais. =) Dentro daquilo que é possível minha vida está realmente boa, mas acho que algum dia ela já foi melhor (e seres humanos são sempre insatisfeitos).
Sabe aquela época dos seus 15 anos, de diversão a qualquer custo, de irresponsabilidades, de ter o que se quer quando se pode, mas ter; de alguma forma saber, melhor do que nunca, aproveitar cada momento e confiar de verdade... E não é que hoje em dia não me divirta ou não seja totalmente irresponsável de vez em quando, mas é que de repente você sente que quer mais, e pior ainda que se você não tiver esse MAIS por seu próprio esforço, vontade, suor, não terá graça. Além disso tem aquela vontade de estabilidade emocional, psicológica, física, financeira. Essas coisas com as quais nem imaginamos/nos importamos nos nossos velhos 15 anos (ou não tão velhos assim). E aí parece que quando você não encontra tudo isso ou, pelo menos grande parte disso, nada está completo. E tudo cansa. E nada é. E você não sabe, decide...
Há quem diga que é a tal de maturidade, mas tenho dúvidas se não estou sendo completamente imatura aqui com tudo isso. Ou, ainda mais, por simplesmente pensar apenas em um “sei lá”.
Talvez seja outra coisa. Talvez não seja nada.
Eu não quero mais ouvir amigos/parentes me dando sermões, dizendo que eu não preciso ser Super Mulher – como, do meu ponto de vista, um dia eu tive de ser por aqueles que amo -, que eu posso sentir e chorar. Quero mesmo poder desabafar e chorar e escolher errado porque, afinal, o que há de melhor que olhar ao redor e ver que está tudo bem depois de uma tempestade?
Não sei... nada. Mas talvez toda essa força e frieza que um dia senti ser necessário permaneça comigo e justamente por isso eu sinta essa falta de tudo-que-falei mas-pode-não-ser.
Talvez, vá saber!
Sei que quero que mude, que melhore. Quero poder me acomodar e depois mudar, mas manter. Quero ser estável cheia de adversidades, e quero ter certeza que é...
Só me falta descobrir como (ser?).
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